quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Hoje eu aprendi
a fazer uma lista
de coisas que me fazem feliz
Hoje eu conheci
um novo caminho
que me levam a inesperados encontros
Hoje eu vi
a simplicidade de criança
na brincadeira non sence de uma anciã
Hoje eu toquei
nas asas leves
do Anjo que me protege por onde vou
Hoje eu percebi
que o que dói não é ficar sem alguém
e sim a impossibilidade de faze-lo feliz
Hoje eum entendi
que essa dor dói só em mim
por que conheço o paraíso
que você se recusa a usifruir

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

O LUXO SAGRADO DAS DEUSAS CONTEMPORÂNEAS


Desde a origem do pensamento filosófico a beleza e a natureza são alvos dos autores como Platão, Aristóteles e Plotino que se ocupavam do problema do belo e da expressão máxima de beleza/divindade. Na Republica, Platão busca definir o belo em si, a idéia geral e universal de beleza, aproximando a estética, a beleza e a ética. Aristóteles introduz as regras de ordem, grandeza, simetria e unidade ao critério platônico de harmonia, para tentar definir o belo. Assim rompe com a idéia de que a beleza é algo transcendental ao homem.

Na idade média, se introduz o conceito de beleza com a identificação direta com Deus. Spinoza, nos mostra, no sec. XII, uma nova abordagem, como o bom e o mal, o feio e i belo. Esta abordagem é totalmente subjetiva, atribuindo alo olhar o espectador essa sentença. Somente a imaginação do espectador dará valor de bom ou mal, feio ou belo ao objeto ou ação.

Mas somente a partir do sec. XVIII, com a obra de Kant, a estética e o estudo sobre o que é belo teve seu desmembramento e começou a conhecer como disciplina independente. O filósofo contemporâneo Lipovetsky, apresenta em O Luxo Eterno, que somente a partir desse século é que há uma mudança histórica construtiva da feminilização do luxo.

Como vitrine do homem, a mulher por intermédio de seu vestir, exibe o poder pecuniário e estado social do homem. Segundo ele, é na era da modernidade na qual as obras de arte são mais valoradas e seus criadores lançados a personagens de primeiro plano, cheios de idéias e de glórias imortais, e o luxo vai conjugar-se com a obra pessoal do autor , a criação e a beleza.

Depois da revolução industrial e do aumento da capacidade de consumo, as grandes indústrias de bens de consumo começam uma nova realidade sobre o luxo q para aqueles que não tinham dinheiro para consumir os produtos de luxo. De um lado, o autentico, fora de sério, exclusivo quase sem preço, inalcançável. De outro a imitação, degradada, estandardizada, democratizados modelos, com material menos rico e imitando os originais prestigiosos, colocados ao alcance de uma clientela, mas ampla e havida pelo consumo desse “luxo”.

Na segunda metade do sec. XX, a condição da mulher na sociedade muda novamente. A inclusão das mulheres no mercado de trabalho, nas academias científicas, a revolução do feminismo, eleva a mulher ao patamar de consumidora. O status social agora também pertence a ela. E o mercado de bens e serviços estava atento para esse novo público consumidor.

Ao assumir o controle do poder de compra, as mulheres contemporâneas investem no culto a beleza, assim como as ninfas, afrodites, nefertites ou cleópatras. Com a imagem de mulheres perfeitas, saem do subconsciente para o consciente, materializam-se em lipoesculturas, megahairs, tratamentos a laser, procedimentos dos mais variados para tornarem-se as deusas da beleza atual. Em uma sociedade pautada pelo poder das imagens, as mulheres se tornaram mestras no mercado da aquisição do divino.
Enquanto os filosofos pensam as mulheres agem.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

SÓ AMIGOS?


Ontem te pedi pra sermos amigos
E você não entendeu
Amigos, não só amigos.
Do que você tem medo?
De se aproximar,
De se deixar conhecer?
Se despir, se desnudar?
Por que é isso que amigos fazem.
Eu aqui ouvindo a Amy e você
Bebendo sozinho seu wski puro
Dizendo pelo telefone
Coisas que quero ouvir.
Sem o embalo álcool seu coração
Volta a ser “on the rock’s”
Seu papo não passa de um parágrafo,
Uma frase e meia pra me prender
Na sua teia pra não mais sair.
Quem sabe aonde a rota 3 vai nos levar
Que caminhos ainda temos que percorrer
Antes de você se desarmar
E me deixar conhecer
Desembrulhar-me a alma
Sem máscaras, sem disfarces,
Sem cerimônia, nem formalidade
Somente Amigos...... Just Friends....


sexta-feira, 17 de outubro de 2008

A BELEZA DA MULHER NOS TRAÇOS DO PINTOR

Louco de amor

Estamos assistindo a mais um drama cotidiano televisionado. A invasão de uma história de um louco amor....ou melhor amor de um louco. Mas será que louco ama? puramente ama? Se separarmos o amor e a paixão, logo teremos a resposta estampada em nossa cara.....mas deixo ela pro final.
Não vou aqui falar da mídia, minha casa, meu ofício, até por que vai ter muita gente falando da ética da TV, jornal e afins.....Quero falar do ser humano. Esse sim em interessa, por que mídia é só o meio que se processa a mensagem, as pessoas nas duas pontas é q são os fins, e esses a meu ver, os mais importantes.
Como alguém que já passou pela mira de um revolver de um namorado ciumento, que não queria admitir o fim do namoro, acho que posso falar com um pouco de conhecimento de causa. Tudo bem isso já faz mais de 20 anos, não deixou traumas, mas uma analise profunda do que é querer o outro. Nestes casos, o meu e o da menina de Santo André, o querer não é querer bem, amar e sim o querer possuir controlar.

Na Carta a Corintos, o apóstolo Paulo já falava que o amor é benigno, não quer o mal, é altruísta é libertário. Querer uma pessoa é principalmente querer que essa pessoa seja feliz, indiferentemente se se é feliz junto com o amado ou não. Mesmo que o coração doa, sangre rio de lágrimas, isso passa. Essa é a parte da paixão que está morrendo, mas amor não morre, ele se transforma.
Então voltamos à eterna questão do amor e da paixão, temas inacabáveis na história da humanidade e mola propulsora de filósofos e poetas. Se o amor é doação, então podemos entender a paixão como dominação. A psicanálise já diz de paixão é a imagem idealizada de um ser que não existe, real somente nos nossos sonhos. Seria um apaixonar-se pelo ideal, o não real. Ora, acreditar no não real concreto já suscita dúvidas da sanidade do apaixonado....mas tudo bem afinal quem já não fez “loucuras de amor” ( deveria aqui ser substituído por paixão)? E o que dizer de “louco de ciúmes”?
Em uma época que a sociedade vive a superficialidade de tudo, inclusive das emoções, entender amor como paixão é uma linha tênue e muitas vezes imperceptível. Se paixão é querer e amar e quere bem, cuidado!!!! Vejo a paixão como Sartre, Binswanger e tantos outros existencialistas... onde o outro está aqui para me servir, como um objeto do meu prazer. E a visão do amor como a dos humanistas como Petrarca, Maslow, Madre Teresa, Jesus Cristo....enfim uma lista também enorme, em que o outro faz parte da minha de mim, onde o bem estar é uma doação ao outro.
Chegamos a resposta desse triste espetáculo do ABC paulista. Não satisfeito, o rapaz de 22 anos, sistematizado pelo consumo das emoções, avança sobre a razão e se afunda na violência de ter o outro ser para si. Se enganando em um caminho sem volta, onde o que busca é o ideal de felicidade que deveria estar dentro, mas coloca fora de si mesmo.
Ah! Dizer que “estar fora de si” não é sinônimo de loucura?

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Ensaio sobre a tua cegueira

Só tenho para te dar,
Que já dissestes que não queres.
Só tenho a te oferecer,
O que demonstras não interessar.
Poderia inventar mil
Cores, tons e matizes...
Poderia criar novos aromas,
De terra molhada
De grama cortada...
Poderia nomear sabores
Para te encantar,
Doce, amargo, pimenta...
Mas não seria eu.
Não seria o ser autentico
Que sua superficialidade
Te cega de enxergar
A maravilha de ser
Autenticamente SER.

sábado, 20 de setembro de 2008

LA VENTANA

Los ojos son las ventanas del alma
Por que te miran
Mis ojos son ventanas
Por donde adentras en mí
Como forastero
Adentra y se queda
Toma el espacio vacio
Que estaba a espera de ti
Los ojos son ventanas del alma
Por que pueden capturarte
Y mi alma te tranca
En un cárcel
Llamado corazón



terça-feira, 19 de agosto de 2008

EMBALAGEM

Pode-se conhecer
um presente pelo embrulho?
O que há dentro dessa caixa,
que nem os mistérios
de Pandora são
tão bem guardados
como os meus?
Decifra-me ou te devoro!
Devoro seu rastro, sua lembrança,
seu cheiro, seu olhar...
Até não restar mais nada.
Nada de mim,
nada de nós dois.

LÁ SE VAI O INVERNO...


















As folhas já cairam,
a chuva já escorreu
por entre os meus dedos.

Por mais que te chame
você não ouve.

Minha voz ecoa nos
vales nevados
do seu olhar gélido
e distante.

Quanto tempo mais.
Quantos dias mais este inverno
irá durar?